Quéops|Kheops|Khufu|Khnum-Khufu foi o 2º faraó da 4ª Dinastia, logo depois de seu pai Sneferu, e é vastamente aceito como tendo comissionado a Grande Pirâmide de Giza, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
O único retrato completamente preservado do rei é uma estatueta de marfim de aproximadamente 8cm de altura encontrada nas ruínas de um templo em Abidos em 1903. Todos os outros relevos e estátuas foram encontrados em fragmentos e muitas construções de Quéops foram perdidos. Tudo o que se sabe sobre o faraó vem de inscrições em sua necrópole de Gizé e de documentos posteriores. Por exemplo, Quéops é o principal personagem do famoso Papiro Westcar da 13ª dinastia.
A maioria dos documentos que mencionam o rei foram escritos por historiadores egípcios e gregos antigos em torno do ano 300a.c.. Seu obituário é apresentado lá de uma forma conflitante: enquanto o rei teve uma longa preservação do patrimônio cultural durante o período do Reino Antigo e do Novo Reino, os historiadores antigos Manetho, Diodoro e Heródoto faziam uma descrição muito negativa de seu caráter. Graças a estes documentos, uma imagem obscura e crítica da personalidade de Quéops persiste.
Sua família real foi muito grande, mas é incerto se Quéops era realmente filho biológico de Sneferu. Egiptólogos tradicionais acreditam que sim, mas apenas porque era a tradição comum que o filho mais velho ou um descendente selecionado herdasse o trono. Em 1925e.v., o túmulo de rainha Hetepheres I (G 7000X) foi encontrado a leste da Grande Pirâmide, contendo muitos bens preciosos e várias inscrições dando-lhe o título de “Mãe de um rei” (Mut-nesut), juntamente com o nome do rei Sneferu. Por isso parecia claro à primeira vista que Hetepheres era a esposa de Sneferu, e que eles eram os pais de Quéops.
Mais recentemente, no entanto, alguns duvidaram desta teoria, porque não é sabido que Hetepheres tenha recebido o título de “a mulher do rei” (Hemet-nesut), um título indispensável para confirmar o estado real de uma rainha. Ao invés de título do cônjuge, Hetepheres trazia apenas a de uma “filha biológica de um deus” (Sat-netjer-khetef, lit. filha de seu corpo divino), um título mencionado pela primeira vez. Como resultado, os pesquisadores agora acham que Quéops pode não ter sido filho biológico de Sneferu, mas que este último tenha legitimado sua posição pelo casamento, e por apoteose de sua mãe como a filha de um deus vivo. Outro indício que poderia apoiar esta teoria reside em que a mãe de Quéops foi enterrada perto de seu filho, ou seja, não na necrópole de seu marido, como era habitual.
Ainda não está claro a duração de seu reinado, pois documentos historicamente posteriores contradizem uns aos outros e fontes contemporâneas são escassas. A Lista Real de Turim, da 19a Dinastia dá 23 anos, enquanto que o historiador antigo Heródoto dá 50 e Manetho lhe credita inacreditáveis 63 anos de reinado. Estes números são agora considerados um exagero ou uma má interpretação de fontes antiquadas. O mais aceito atualmente é cerca de 26 ou 27 anos.
A Pirâmide de Quéops foi erguida no nordeste do planalto de Gizé. É possível que a falta de espaço de construção, a falta de pedreiras de calcário local e do solo afrouxado em Dahshur o tenha forçado a ir para o norte, longe da necrópole de seu antecessor. Quéops decidiu chamar sua necrópole de Akhet-Khufu (que significa “horizonte de Khufu“).
A Grande Pirâmide tem uma medida de base de aproximadamente 228,6m x 228,6m e hoje possui uma altura de cerca de 138,7m. Antes havia possuído cerca de 147m de altura, mas seu pyramidion de electrum e a carcaça de calcário foram completamente perdidas devido aos roubos de pedras. Os corredores internos e câmaras têm paredes e tetos de granito polido, uma das pedras mais duras conhecidas na época de Quéops. A argamassa utilizada foi uma mistura de gesso, areia, pedra calcária e água pulverizada.
O monumento tem sua entrada original no lado norte e contém três câmaras: no topo, a câmara mortuária do rei (câmara do rei), no meio, a câmara da estátua (erroneamente chamada câmara da rainha) e uma câmara subterrânea inacabada (câmara do submundo), sob a base da pirâmide. Enquanto a câmara mortuária é identificada por seu grande sarcófago de granito, o uso da “câmara da rainha” ainda é contestado – poderia ter sido o serdab da estátua do Ka de Quéops. A câmara subterrânea permanece misteriosa, pois foi deixada inacabada.
Notável é a chamada Grande Galeria levando à câmara do rei: mede ~8,75m de altura e ~47m de comprimento com a função estática de desviar o peso das massas das pedras acima da câmara do rei para o núcleo circundante da Pirâmide.
No local oriental, diretamente na frente da Pirâmide, o templo mortuário foi construído. Sua fundação foi feita de basalto negro, grande parte do qual ainda é preservado. Pilares e portais foram feitos de granito vermelho e as pedras do teto de calcário branco.
Alguns acreditam que a Esfinge foi construída posteriormente (talvez por algum filho de Quéops) com a intenção de guardar o sagrado cemitério de Giza.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Khufu
Acessado em 23/01/2015e.v.